People analytics: fotografia de uma mulher analisando gráficos em um computador.

Entenda o conceito e saiba como aplicar people analytics em sua empresa

A proposta de people analytics é otimizar a atuação do RH com dados relevantes sobre sua equipe, rendimento e continuidade da empresa. Mas por que esses dados são importantes? E quais devem ser coletados? 

Neste artigo, vamos explorar o conceito, a aplicação e os benefícios de people analytics no dia a dia da gestão de RH.

O que é people analytics?

Em linhas gerais, people analytics significa usar dados embasados em pesquisas e métricas pré-definidas para avaliar as estratégias da empresa e da liderança, buscando otimizar o planejamento. 

A ideia é utilizar ferramentas de pesquisa e análise de dados para cruzar informações sobre os colaboradores e lidar com questões que possam atrapalhar a produtividade e a satisfação da equipe.

Essa metodologia afeta todos os aspectos da gestão de RH, desde processos de recrutamento e seleção até estratégias de prevenção de turnover. Com o uso de dados, o RH pode fazer previsões de potenciais problemas e traçar planos de melhorias.

Em quais etapas o RH pode usar people analytics?

Existe espaço para a aplicação de análise de dados tanto para a seleção de novos colaboradores quanto para o desenvolvimento da equipe. Os dados de people analytics são úteis para embasar as decisões a curto e longo prazo.

1. Recrutamento e seleção

Na hora de realizar contratações, é fundamental entender não apenas o perfil técnico, mas também as competências comportamentais necessárias para cada vaga. Os gestores de RH devem ter em mãos as tendências de sucesso das carreiras na empresa e cruzar essas informações com os candidatos. 

A metodologia de people analytics também é fundamental para evitar vieses. Muitas vezes, as empresas não fomentam a diversidade e a inclusão, mas essa questão não é notada na rotina do RH. Ao analisar os dados sobre candidatos e contratações, os gestores notam padrões e criam estratégias mais diversas.

Os profissionais de RH também devem ter atenção ao processo de recrutamento e seleção em si. Afinal, é fundamental analisar o tempo de preenchimento das vagas, as metodologias de avaliação usadas e os resultados dos novos colaboradores.

2. Crescimento da equipe

Uma das barreiras para o sucesso de estratégias da empresa é a satisfação da equipe. Isso é, o engajamento e a motivação dos colaboradores têm um impacto no seu rendimento no trabalho. Por isso, a metodologia de people analytics pode e deve ser usada pelo RH para entender quais situações estão impactando esses índices e como melhorá-los.

Nesse caso, os dados a serem vistos são questões como rendimento e produtividade pessoais, potencial de desenvolvimento de carreira, engajamento em treinamentos, etc.

3. Cultura organizacional

Além de obter dados sobre cada colaborador, é fundamental entender a situação da empresa como um todo. Esses dados auxiliam na tomada de decisões estratégicas e, por isso, são cruciais a curto e longo prazo. 

É importante ter em mãos dados sobre a satisfação com as lideranças, oportunidades de mobilidade na carreira, taxas de turnover, cultura geral da empresa, etc. 

Com isso em mente, os profissionais de RH têm uma visão mais clara sobre os fluxos de sucesso e pontos a melhorar. Essas informações ajudam a determinar novos processos organizacionais.

Fotografia mostrando a análise de dados relacionados à gestão de pessoas no computador.

Quais dados medir para uma iniciativa de people analytics?

Alguns exemplos de dados que podem beneficiar os profissionais de RH são:

  • Dados demográficos, experiência profissional e cargo atual: esses dados oferecem um panorama das tendências da equipe e geram iniciativas de contratação mais diversas e claras.
  • Metas alcançadas, análise de competências, feedbacks: ao analisar o desempenho individual, os profissionais de RH podem identificar pontos em que cada colaborador se destaca e onde pode obter mais treinamento
  • Turnover: é importante entender os motivos de saída . Ao cruzar essas informações com outros dados da organização, o RH pode encontrar tendências e gargalos
  • Seleção de talentos: quais foram as fontes de contratação? Quanto tempo para preenchimento de vagas? Essas informações ajudam o RH a criar processos seletivos mais efetivos
  • Desenvolvimento de carreira e participação em programas de treinamento: os colaboradores estão engajando com os treinamentos? Quais oportunidades atraem mais os talentos na empresa? Qual o feedback após a participação?
  • Cultura da empresa: pesquisas sobre a liderança e o clima organizacional podem ajudar a promover um ambiente de trabalho positivo

Vale lembrar que os dados de people analytics trabalham em conjunto. Ou seja, um profissional de RH que atue com dados pode checar a interação desses índices e seu reflexo no dia a dia da empresa. 

Por exemplo, se a taxa de turnover é alta e as pesquisas sobre liderança indicam insatisfação, esses dois aspectos podem estar relacionados. Se o processo de contratação mostra que muitos candidatos não têm formação em determinadas habilidades técnicas ou pessoais, isso pode refletir no engajamento da equipe em iniciativas de treinamento.

Ao analisar e interpretar esses dados, as organizações podem detectar padrões, identificar tendências e encontrar áreas de melhoria em diversos aspectos da gestão de RH. Esses insights capacitam as lideranças para tomar decisões mais informadas e eficazes para o crescimento da organização.

Como obter dados de people analytics?

O primeiro passo para uma estratégia de people analytics de sucesso é definir os objetivos e as métricas da pesquisa. Ainda que as melhores decisões sejam tomadas com uma ampla gama de dados, é preciso ter cuidado com quais informações coletar em cada etapa.

Se os profissionais de RH não fizerem esse recorte, os dados são muito amplos e não refletem as tendências mais marcantes.

O segundo passo é coletar esses dados. Nesse cenário, existem dois pontos importantes a serem vistos: os números e a percepção da equipe. Os números, no caso dos treinamentos, por exemplo, são a taxa de inscrições, a taxa de participação e a conclusão de cursos oferecidos pela empresa. Mas também é importante coletar feedbacks: ofereça pesquisas de satisfação aos participantes com espaço para que eles expliquem os pontos mais ou menos relevantes. 

Com isso em mente, é o momento de analisar os dados. O RH deve utilizar recursos de pesquisa para entender melhor o comportamento da equipe. Isso pode ser feito cruzando os dados coletados e analisando os padrões de resposta. 

Por exemplo, a equipe pode estar moderadamente satisfeita com os treinamentos, mas gostaria de ter formações mais completas, que combinem com o planejamento de carreira, e oportunidade de promoções na organização. Nesse processo, o RH pode notar também que colaboradores de um determinado departamento não se sentem motivados a participar dos cursos porque eles não contemplam suas necessidades.

A etapa seguinte é a implantação de mudanças baseadas nos dados coletados. Para auxiliar na formação da equipe a longo prazo e garantir a participação em programas de treinamento, o RH pode criar programas de capacitação que ajudem no desenvolvimento da carreira e progressão na empresa. Dessa forma, os colaboradores se sentem mais motivados a engajar com essas oportunidades.

Porém, o people analytics não termina após a implantação de novas estratégias. A ideia é que o profissional de RH esteja sempre coletando informações relevantes sobre a equipe e a organização.

Qual é o impacto de people analytics na cultura organizacional?

Os insights que a coleta e a análise de dados oferecem são fundamentais para o crescimento da empresa e dos colaboradores. Ao manter um conjunto de dados atualizado e organizado, o RH tem uma visão 360º do que impacta a cultura positiva e negativamente.

Nesse sentido, acompanhar as mudanças é fundamental. Ao obter feedbacks e resultados de pesquisas, os gestores podem analisar quais mudanças tiveram sucesso e quais pontos ainda podem melhorar. A partir daí, a empresa define objetivos baseados em dados inteligentes e evita desperdício de recursos ou tempo na solução de problemas. 

Com isso, são feitas contratações mais efetivas, é possível alcançar maior satisfação de colaboradores, as lideranças ficam alinhadas com a missão da empresa, as políticas organizacionais se tornam mais claras, além de melhorar o desenvolvimento e a produtividade.

Já está preparado para começar a aplicar people analytics em sua empresa? Aproveite para conferir, também, o nosso artigo sobre missão organizacional! e saber mais sobre o impacto da cultura no trabalho!

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