Gestão da inovação: fotografia de um grupo de pessoas comemorando em uma reunião.

Conheça os pilares e como fazer a gestão da inovação?

A gestão da inovação é um conceito que remete às atitudes estratégicas da liderança pensando no desenvolvimento de um ambiente e às equipes focadas nessas mudanças dentro da empresa. Ou seja, além de representar a implementação de atividades que ajudam a trazer mais ideias criativas, também visa colocar a inovação em si como ponto central do desenvolvimento e crescimento da organização.

Por isso, é um fundamento importante para os profissionais de RH. Responsáveis pela análise de desempenho, gestão de pessoas e adaptação da cultura da organização frente ao mercado, eles devem estar a par das mudanças e sempre em busca de estratégias de gestão da inovação na empresa em que atuam. 

É necessário que o profissional de RH entenda os diferentes tipos de inovação, seu impacto no crescimento da empresa e as formas de implementar as mudanças necessárias no contexto de cada fluxo de trabalho. Para saber mais, continue a leitura.

Como a inovação impacta empresas?

A cultura de inovação faz toda a diferença na produtividade e atualização das empresas. Ao dar espaço para ideias diferentes, a gestão pode otimizar as tarefas atuais e introduzir novas ferramentas, serviços e produtos. 

Além disso, a inovação permite um novo olhar sobre os projetos, gerando economia e melhor gestão de recursos existentes, pois colaboradores que repensam suas tarefas encontram formas mais eficientes de cumpri-las. 

Uma empresa inovadora também se destaca no mercado de trabalho, facilitando a atração de talentos. Isso ocorre porque a organização demonstra preocupação em valorizar novas estratégias, o que faz com que profissionais qualificados participem de processos seletivos, sabendo que suas ideias serão bem vindas.

Ao focar na cultura de inovação, a empresa também ganha maior espaço em seu segmento de atuação, encontrando formas mais eficientes de oferecer produtos e serviços e sendo pioneira no desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias, demonstrando avanço superior às concorrentes.

Quais são os tipos de inovação nas organizações?

A inovação é uma parte do desenvolvimento das empresas em caráter global, impactando de forma diferente cada etapa de seus projetos. Por exemplo:

Produtos e serviços

A inovação em produtos e serviços é a mais reconhecida. Acontece quando as empresas buscam agregar novos recursos para seus clientes, tanto na forma de produtos novos quanto nas melhorias contínuas de serviços existentes.

Por exemplo, as empresas de tecnologia, ao lançarem novos computadores e celulares, estão oferecendo inovação em seus produtos. Já quando implementam atualizações de software para esses produtos, são inovações incrementais de serviços.

É importante que as empresas tenham um olhar atento à gestão da inovação tanto em relação aos produtos em si como em sua relação com o mercado. Isso porque há casos em que os produtos precisam de atualizações para se manter a par das novas demandas, enquanto outros exigem reformulação e oferta de novas opções. Além disso, ao manter uma boa relação com clientes, a empresa pode analisar como está sua oferta de serviços e o que pode ser feito para melhorar.

Processos

A empresa também pode inovar em seus processos de produção. Essas melhorias ajudam na economia de recursos, diminuição de prazos e até mesmo no aumento da produtividade e engajamento das equipes.

Por exemplo, no uso de metodologias mais efetivas de acompanhamento de trabalho.  Tradicionalmente, as empresas utilizam métodos de gestão de projetos lineares, em que cada fase do projeto precisa ser concluída antes de passar para a próxima. 

No entanto, essa abordagem pode ser inflexível e demorada, especialmente em ambientes dinâmicos onde mudanças são frequentes. 

Frente a isso, surgem as metodologias ágeis, como Scrum ou Kanban. Essas metodologias se baseiam em ciclos de produtividade, com o objetivo de que equipes entreguem pequenas partes do projeto em períodos curtos, chamados de sprints. Ao final do sprint, as equipes se reúnem para acompanhar o progresso e definir os próximos objetivos.

Ao realizar a gestão da inovação, é essencial que a liderança fique atenta à inovação dos processos e busque formas de melhorar os próximos projetos.

Fotografia de um grupo de pessoas em reunião. Um homem está de pé explicando algo.

Organizacional

Aqui, o foco da gestão da inovação é entender melhor como os moldes de trabalho e as relações entre a equipe fortalecem (ou enfraquecem) a inovação na empresa. Nesse sentido, é importante avaliar os métodos, o ambiente e o reconhecimento do trabalho.

Por exemplo: muitas empresas atuam somente em modelo presencial, enquanto o trabalho híbrido se torna cada vez mais popular e atrai talentos. Ou seja, as empresas menos flexíveis perdem espaço no mercado.

Outro ponto interessante a ser repensado é a forma como a empresa define o crescimento na carreira e as oportunidades para seus colaboradores. Muitas empresas focam apenas em análises de desempenho estáticas, mas os profissionais de RH podem mudar esse cenário.

Ao implementar um organograma e um plano de cargos e salários transparentes, que expliquem quais habilidades são necessárias para progressão na carreira, a equipe de RH demonstra compromisso com o fomento de talentos dentro da empresa. 

Marketing e divulgação

Ainda que a inovação faça parte da missão organizacional, é essencial mostrar esse compromisso com os clientes da empresa. Ou seja, definir estratégias de marketing e divulgação que foquem nos avanços feitos em relação ao mercado e como a empresa trabalha para fortalecer seus talentos e serviços.

4 pilares da gestão da inovação

A gestão da inovação envolve quatro pontos-chave que devem ser prioritários para gestores e profissionais de RH:

1. Aprendizagem disponível

Não existe espaço para inovação dentro das empresas se não houver oportunidade de aprendizado. Como parte da gestão da inovação, é preciso estabelecer formas de capacitação profissional, sejam elas teóricas ou práticas.

Cursos, palestras e workshops ajudam os colaboradores a ampliar seus conhecimentos a curto prazo, ou seja, são bastante úteis para incrementar as ideias existentes. A longo prazo, a empresa pode adotar programas de mentoria e até mesmo parcerias com instituições de ensino superior. Essa estratégia abre espaço para a aprendizagem contínua, em que os colaboradores podem utilizar a teoria aprendida na prática de trabalho.

2. Estratégia de crescimento

Vale lembrar que a gestão da inovação deve colocar essa prioridade como parte essencial da estratégia de crescimento da empresa. Ao definir os planos futuros, é fundamental considerar como a inovação pode impactá-los

Por exemplo, se o objetivo da empresa é atingir uma parcela maior do mercado no próximo ano, isso será feito pelo lançamento de novos produtos, ampliação dos serviços atuais ou melhorias aos existentes? Se a empresa quer aumentar sua força de trabalho, como demonstrar o compromisso com a inovação para a atração de novos talentos? 

Todas essas estratégias exigem um acompanhamento constante da posição da empresa no mercado, relação com clientes e equipes. 

O RH pode contribuir nesse processo utilizando métodos de people analytics para avaliar a produtividade e a satisfação dos colaboradores, evidenciando lacunas que sinalizam poucas oportunidades de inovação.

3. Pessoas comprometidas

Outro pilar da gestão de inovação é a motivação das equipes. Equipes que se sentem pouco engajadas com os projetos não estão motivadas a buscar soluções criativas, optando pelos sistemas já estabelecidos. 

Para facilitar esse processo, o RH deve focar no desenvolvimento de habilidades como proatividade e criatividade entre as equipes. Ao realizar a avaliação de competências, é importante se atentar a como os profissionais utilizam seus conhecimentos e contribuem para o sucesso da equipe como um todo.

4. Lideranças abertas

Esse ponto vai além dos colaboradores. Os líderes também devem ser abertos ao diálogo e a diferentes testes e resultados. Os moldes tradicionais de trabalho buscam evitar ao máximo os erros, preferindo o uso de estratégias consolidadas que diminuam o tempo gasto nas tarefas.

No entanto, ao permitir que os colaboradores encontrem novas soluções, os gestores entendem que os erros ou tentativas pouco produtivas também são importantes: elas demonstram quais são as prioridades dos processos e quais fatores impactam o sucesso das tarefas. Com o tempo, esse ambiente colaborativo pode determinar que existe uma forma de trabalho melhor do que a pré-estabelecida. Ou seja, a gestão da inovação pode, inclusive, melhorar a produtividade.

A empresa deve ter a inovação e o pensamento crítico como habilidades a serem desenvolvidas ao longo da carreira e, principalmente, durante planos de desenvolvimento de liderança. Dessa forma, os profissionais que atingem cargos de gestão já estão preparados para essa troca.

Fotografia de um grupo de pessoas olhando, juntas, algo em um computador em uma sala de reuniões.

Como implementar gestão da inovação nas empresas?

A priorização da inovação nas empresas é feita em múltiplas etapas, devendo analisar a realidade de cada organização, os produtos e serviços com os quais ela trabalha e as competências das equipes. Essas etapas são:

1. Pesquisa e captação de ideias

O primeiro passo para implementar a gestão da inovação é promover um ambiente receptivo para novas ideias. Isso pode ser feito por meio de reuniões de brainstorming, atividades práticas, programas de mentoria e espaços de sugestões internos. 

É importante envolver todos os colaboradores, tanto profissionais seniores quanto iniciantes, demonstrando que a empresa valoriza múltiplas perspectivas. 

Além disso, a empresa deve estar atenta às ideias externas e como elas podem ser aplicadas em seus processos. Os líderes devem acompanhar as tendências de mercado, tecnologias novas e feedback dos clientes e fornecedores.

2. Definição de metas e prioridades

Depois disso, é preciso organizar as ideias coletadas e buscar os pontos de prioridade. Por exemplo, ao analisar as respostas dos colaboradores às pesquisas de satisfação, o RH encontra uma demanda alta por treinamento empresarial

A partir dos objetivos, as metas devem ser mensuráveis, alcançáveis e relevantes. Nesse exemplo, a meta pode ser definida como ampliação dos programas formativos. Para essa meta ser relevante, devem ser programas formativos focados nas habilidades que os colaboradores precisam desenvolver. Para ser uma meta alcançável, deve caber nos recursos orçamentários da empresa. Para ser mensurável, é preciso acompanhar a presença dos colaboradores nesses treinamentos.

3. Aplicação prática

Com as metas claras, a empresa pode aplicar sua estratégia de inovação no dia a dia. Por exemplo, uma empresa de logística, em análises internas, escolhe buscar as ferramentas mais eficientes para acompanhar a velocidade de seus serviços de distribuição. Com isso em mente, ela define um prazo de teste de cada ferramenta e uma métrica a ser acompanhada.

Na hora de aplicar, é preciso que existam profissionais responsáveis pela coleta de dados e resultados, tanto positivos quanto negativos, de cada mudança realizada.

4. Monitoramento e análise

O diferencial de uma gestão da inovação bem organizada é justamente a análise das estratégias. Ou seja, a empresa pode buscar soluções criativas, definir metas e coletar dados sobre a ação na prática. Mas para ser verdadeiramente inovadora, deve ter um olhar criterioso sobre essas iniciativas.

Aqui, os líderes podem estudar o sucesso e as falhas de cada tentativa, buscando compreender os pontos em comum, as diferenças e como cada uma delas impactou a totalidade da organização. O resultado desse estudo é uma gestão da inovação embasada na teoria e na prática, pensando nas mudanças imediatas e no crescimento.A inovação é essencial para todas as empresas. Confira esse e outros fatores que devem estar presentes na missão organizacional!

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